terça-feira, 10 de janeiro de 2017

FADIGA E EXERCÍCIO FÍSICO

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Fadiga é um termo muito usado hoje em dia, ainda mais com a "onda" de exercício físico que estamos "surfando" atualmente (felizmente!).

Em termo de definição, a fadiga induzida pelo exercício é a incapacidade de manter o rendimento durante determinado exercício físico.

Em uma situação de fadiga,  a pessoa pode apresentar uma redução da capacidade funcional e  uma diminuição na capacidade de gerar tensão muscular, o que leva a um declínio progressivo do desempenho.

Vale lembrar que a fadiga é um mecanismo de defesa do corpo, tendo como principal função prevenir lesões.

Por isso, é muito importante conhecer os principais aspectos que causam fadiga para compreender as limitações e os benefícios dos exercícios praticados. Dessa forma, é possível evitar lesões desnecessárias.

A fadiga pode ser classificada em crônica ou aguda.

A fadiga crônica é caracterizada por um somatório de processos de recuperação incompleto durante um longo período de treinamento intenso, podendo gerar uma série de alterações no corpo, a saber: alterações no humor, na personalidade, nos sistemas hormonal e imune. Tais alterações, acabam comprometendo a saúde geral.

A fadiga aguda costuma ser mais facilmente percebida, pois está relacionada com a incapacidade em realizar determinada atividade em uma única sessão de treinamento. Esta, é causada por alterações fisiológicas que impossibilitam a continuidade do exercício com o intuito de preservar o organismo.

A fadiga aguda ainda pode ser subdividida em central e periférica.

A fadiga central  refere-se às alterações no funcionamento cerebral ocasionadas pelo exercício intenso e prolongado, com consequente diminuição do rendimento. Está relacionada às alterações na síntese e na atividade de alguns neurotransmissores.

A fadiga periférica é caracterizada pelas alterações decorrentes do exercício relacionadas à liberação e reabsorção de acetilcolina, à propagação do potencial elétrico na fibra muscular, à liberação e reabsorção de cálcio nas cisternas dos retículo sarcoplasmático, ao acúmulo de metabólitos e redução de glicogênio muscular durante o processo de contração muscular.

Exercícios anaeróbicos (ex: musculação, saltos) costumam estar mais associados ao processo de fadiga muscular. Pois estes, exigem um recrutamento mais rápido das fibras musculares e devido a incapacidade de manter os potenciais de ação em altas frequências, acabam contribuindo como um fator importante para desencadear a fadiga, pois o processo de contração muscular encontra-se prejudicado.

Então, como prevenir a fadiga?

Essa pergunta não é tão simples de responder.

Mas a prevenção da fadiga pode ser realizada, principalmente, por meio da periodização do treinamento, pois a reação fisiológica  do corpo à atividade muscular depende, basicamente, da duração, da frequência e do tipo de contração muscular, além do tempo de recuperação.

Ou seja, dependendo da forma que a pessoa é exposta a esses fatores, pode haver sobrecarga. E se tem sobrecarga, tem grandes chances de causar danos na musculatura e reduzir a função muscular.

Então não tem jeito. A melhor forma de prevenir a fadiga, é prevenindo a sobrecarga.

No próximo texto vou falar um pouco sobre dor muscular tardia. Acho que é um bom assunto para complementar esse.

Se quiser saber mais sobre fadiga, só acessar os links abaixo:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28018244
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27965592
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10843507


Até a próxima!

" Antes de apontar um problema, tenha ao menos uma sugestão para resolvê-lo. "

Prof. Alex Oliveira




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