quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

DOR MUSCULAR DE INÍCIO TARDIO, QUEM NUNCA?

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Como havia citado anteriormente no post sobre fadiga, hoje vou falar um pouco sobre a Dor Muscular de Início Tardio (DMIT).

Quem nunca, depois de um bom tempo sem praticar atividade física, voltou a treinar como se não tivesse parado e, no dia seguinte, ficou com aquela dor muscular? Acredito que muita gente já experimentou essa sensação. 

Convenhamos que é uma dor "boa", né?! Eu pelo menos acho. Dá uma sensação de estar vivo, o músculo te lembra daquela frase do filme (a culpa é das estrelas): " A dor é pra ser sentida! ". 

E realmente é! 

Mas afinal, o que é a DMIT?

A DMIT é caracterizada pela sensação de desconforto ou dor na musculatura esquelética, que inicia 8 horas após o exercício e/ou prática de atividade física, aumenta progressivamente de intensidade nas primeiras 24 horas e tem seu ápice de intensidade entre 24 e 72 horas. 

Muitas pessoas só começam a sentir à partir das 24-72 horas após o o exercício, e acabam nem se lembrado mais o motivo da dor ou desconforto. Principalmente os mais distraídos.

A pessoa com DMIT apresenta, geralmente, redução do desempenho, amplitude de movimento limitada, redução da capacidade de gerar força, além da musculatura rígida e sensível à palpação. 

Mas não requer desespero, pois após 72 horas, geralmente, há um declínio progressivo na dor, que desaparece por completo de 5 a 7 dias. 

Portanto, não precisa recorrer a analgésicos e anti-inflamatórios, por favor. Deixa o corpo agir, ele vai resolver esse problema sozinho.

Sobre o surgimento da DMIT, os mecanismos responsáveis ainda não estão muito bem definidos. 

Porém, acredita-se que a intensidade da atividade física é mais importante que a sua duração no desenvolvimento da DMIT. 

Alguns autores (vou deixar os links no final) sugerem que somente os danos causados à estrutura muscular, devido à prática de contrações musculares de alta intensidade (estresse mecânico), não provocam a sensação dolorosa. 

Mas esta, aparece em decorrência de todo um processo desencadeado por esse evento inicial. 

Na verdade, a principal responsável pela DMIT no grupo muscular exercitado, é a resposta inflamatória desencadeada pelos danos teciduais.

Então, como prever se vai ou não ocorrer a DMIT?

É importante saber que todos os tipos de ação muscular (excêntrica, concêntrica e isométrica) associadas ao treino de força causam dano muscular.

No entanto, já foi demonstrado que a ação que causa maior magnitude de dano muscular é a excêntrica. 

A maior magnitude de dano muscular ocorre na contração excêntrica, pois para uma mesma carga de trabalho, o número de unidades motoras recrutadas na ação excêntrica é menor que na ação concêntrica.

A ocorrência da DMIT pode ser influenciada por alguns fatores, a saber:
  • tempo de intervalo entre as séries;
  • velocidade de execução das ações musculares, em especial as excêntricas;
  • repetição das séries.
Por isso, é imperativo considerar o controle desses componentes durante a periodização do treinamento como forma de diminuir o dano muscular e, consequentemente, o surgimento da DMIT. 

Outro fator interessante que pode influenciar no surgimento da DMIT é a experiência da pessoa com a tarefa a ser realizada. 

É aquele exemplo clássico do cara que nunca fez musculação na vida, vai pra academia e já quer pegar todo o peso do mundo. Resultado? DMIT na certa!

Por isso é importante um treinamento físico periódico e específico, não só para o grupo muscular envolvido na tarefa, mas também para o tipo de contração e padrão de movimentos executados. 

Dessa forma é possível aumentar a resistência da fibra muscular ao dano estrutural, prevenindo o surgimento da DMIT. 

Se quiser saber mais sobre DMIT é só acessar os links abaixo:


Até a próxima!

" Antes de apontar um problema, tenha ao menos uma sugestão para resolvê-lo. "

Prof. Alex Oliveira





terça-feira, 10 de janeiro de 2017

FADIGA E EXERCÍCIO FÍSICO

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Fadiga é um termo muito usado hoje em dia, ainda mais com a "onda" de exercício físico que estamos "surfando" atualmente (felizmente!).

Em termo de definição, a fadiga induzida pelo exercício é a incapacidade de manter o rendimento durante determinado exercício físico.

Em uma situação de fadiga,  a pessoa pode apresentar uma redução da capacidade funcional e  uma diminuição na capacidade de gerar tensão muscular, o que leva a um declínio progressivo do desempenho.

Vale lembrar que a fadiga é um mecanismo de defesa do corpo, tendo como principal função prevenir lesões.

Por isso, é muito importante conhecer os principais aspectos que causam fadiga para compreender as limitações e os benefícios dos exercícios praticados. Dessa forma, é possível evitar lesões desnecessárias.

A fadiga pode ser classificada em crônica ou aguda.

A fadiga crônica é caracterizada por um somatório de processos de recuperação incompleto durante um longo período de treinamento intenso, podendo gerar uma série de alterações no corpo, a saber: alterações no humor, na personalidade, nos sistemas hormonal e imune. Tais alterações, acabam comprometendo a saúde geral.

A fadiga aguda costuma ser mais facilmente percebida, pois está relacionada com a incapacidade em realizar determinada atividade em uma única sessão de treinamento. Esta, é causada por alterações fisiológicas que impossibilitam a continuidade do exercício com o intuito de preservar o organismo.

A fadiga aguda ainda pode ser subdividida em central e periférica.

A fadiga central  refere-se às alterações no funcionamento cerebral ocasionadas pelo exercício intenso e prolongado, com consequente diminuição do rendimento. Está relacionada às alterações na síntese e na atividade de alguns neurotransmissores.

A fadiga periférica é caracterizada pelas alterações decorrentes do exercício relacionadas à liberação e reabsorção de acetilcolina, à propagação do potencial elétrico na fibra muscular, à liberação e reabsorção de cálcio nas cisternas dos retículo sarcoplasmático, ao acúmulo de metabólitos e redução de glicogênio muscular durante o processo de contração muscular.

Exercícios anaeróbicos (ex: musculação, saltos) costumam estar mais associados ao processo de fadiga muscular. Pois estes, exigem um recrutamento mais rápido das fibras musculares e devido a incapacidade de manter os potenciais de ação em altas frequências, acabam contribuindo como um fator importante para desencadear a fadiga, pois o processo de contração muscular encontra-se prejudicado.

Então, como prevenir a fadiga?

Essa pergunta não é tão simples de responder.

Mas a prevenção da fadiga pode ser realizada, principalmente, por meio da periodização do treinamento, pois a reação fisiológica  do corpo à atividade muscular depende, basicamente, da duração, da frequência e do tipo de contração muscular, além do tempo de recuperação.

Ou seja, dependendo da forma que a pessoa é exposta a esses fatores, pode haver sobrecarga. E se tem sobrecarga, tem grandes chances de causar danos na musculatura e reduzir a função muscular.

Então não tem jeito. A melhor forma de prevenir a fadiga, é prevenindo a sobrecarga.

No próximo texto vou falar um pouco sobre dor muscular tardia. Acho que é um bom assunto para complementar esse.

Se quiser saber mais sobre fadiga, só acessar os links abaixo:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28018244
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27965592
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10843507


Até a próxima!

" Antes de apontar um problema, tenha ao menos uma sugestão para resolvê-lo. "

Prof. Alex Oliveira




quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

RELAÇÃO TERAPEUTA-PACIENTE NA FISIOTERAPIA

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Desde sempre, o homem estabelece relações entre si baseados na vida em comunidade. Tais ligações, são formadas em diversos ambientes nos quais a pessoa está inserida, incluindo no cuidado em saúde.

A prática clinica e as pesquisas, têm demonstrado que o efeito de um tratamento proposto a um paciente não é resultado exclusivo dos recursos terapêuticos ofertados em uma intervenção fisioterápica.

Em outras palavras, não basta somente você dominar a técnica manipulativa mais moderna no campo da terapia manual. Existem alguns efeitos não específicos às técnicas aplicadas, que possivelmente decorrem das relações construídas nesse processo conhecido como Aliança Terapêutica (AT).

Essa relação entre terapeuta e paciente em seu prognóstico é tão importante, que tem sido estudada e aplicada na prática clínica extensivamente, por meio da Prática Baseada em Evidências (PBE).
http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v12n5/a14v12n5.pdf

De forma sumária, a PBE envolve:

  • evidência científica de alta qualidade;
  • experiência clínica do profissional; e
  • as preferências do paciente.

Portanto, preconiza-se que para ofertar um cuidado digno e de maneira efetiva, é necessária a integração entre esses três itens.

Por isso, a abordagem clínica deve ser vinculada ao paciente para que haja sucesso na intervenção. É fundamental que as metas do terapeuta e as expectativas/vontades do paciente estejam na mesma direção.

Metas realistas e por parte do terapeuta, expectativas realistas por parte do paciente e parceria de ambos, são componentes fundamentais para o sucesso no processo de recuperação de qualquer lesão/doença.

Apesar da importância da AT, poucas pesquisas ainda abordam esse tema. Até mesmo na formação acadêmica do fisioterapeuta, a relação terapeuta paciente as vezes (quase sempre) fica em segundo plano.

Os acadêmicos  - e até muitos profissionais - ficam tão encantados com técnicas modernas e tecnologias mirabolantes que vem sendo usadas na fisioterapia, que muitas vezes, se quer, preocupam-se em ouvir as preferências ou anseios dos pacientes.

Pensam tanto em alimentar o próprio ego, mostrando que tem habilidade em usar determinada técnica, embasado por um artigo recente publicado em alguma revista de qualis A1 (ou não), que o "pobre" do paciente acaba sendo um mero espectador do seu "show particular".

Essa forma de conduta, geralmente, resulta em insucesso no tratamento. O profissional não pode focar-se exclusivamente no treinamento de suas habilidades para conquista de resultados específicos em suas propostas.

Recentes evidências na área da fisioterapia apontam que a construção da AT favorece desfechos em saúde positivos para o paciente, como o aumento da função e da sintomatologia dolorosa.(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27351690)

Além disso, a aliança estabelecida aumenta a satisfação e a adesão desse paciente com o tratamento ofertado.

Fisioterapeutas devem sempre buscar a otimização de sua relação com o paciente, sempre!

Buscando levar em consideração as preferências do paciente, construindo uma parceria de verdade, você terá muito mais chances de ter sucesso em seu tratamento. Não esquecendo de levar em consideração os outros pilares da PBE!

Lembrando, que a questão não é ser aquele "boa praça" que todos os pacientes gostam, mas que na hora do tratamento só faz "pimbice". A questão principal é ter, sobretudo, empatia*.

Uma dica simples para a construção dessa relação com o paciente - que também ajuda a motivá-lo -, é:

  • Após todo atendimento, tente deixar alguma palavra positiva para o paciente sobre sua evolução. 

Essa dica funciona muito bem quando o terapeuta tem parâmetros de avaliação, sejam esses qualitativos ou quantitativos.

Por exemplo:

"Contos de um Fisio"

Fisio - "Muito bem dona Maria, hoje a senhora conseguiu fazer bem o exercício."
Dona Maria - "É, mas eu senti um pouco de dor quando estava fazendo."
Fisio - "É assim mesmo. Lembra que no último atendimento a senhora nem conseguiu fazer? Hoje, mesmo com um pouco de dor, a senhora já conseguiu!"
Dona Maria - "Verdade, isso mostra que estou progredindo!"

Podem ter certeza que isso faz toda diferença para o paciente!

Até a próxima!

* = Ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela agiria ou pensaria nas mesmas circunstâncias.

"Antes de apontar um problema, tenha ao menos uma sugestão para resolvê-lo."

Prof. Alex Oliveira



terça-feira, 3 de janeiro de 2017

CINCO MITOS SOBRE A DOR CRÔNICA

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Dor crônica, ou dor que perdura por mais de 3 meses, é um problema mais comum do que muita gente pensa. Na Austrália, por exemplo, uma em cada cinco pessoas relatam ter dor crônica.

Todos nós experimentamos dor em algum momento da vida, e isso é bom. A dor é necessária para todo ser humano viver. Mas, viver com dor, definitivamente não é legal. Pense na última vez que você cortou o dedo ou queimou-se no fogão. Com certeza isso não é divertido, mas geralmente essa dor passa bem rápido.

Imagine, porém, como seria se essa dor não desaparecesse e ficasse lá todos os dias? Então, é mais ou menos essa experiência que as pessoas com dor crônica experimentam.

Mito 1: A dor está toda na sua cabeça

Um equívoco muito comum é dizer que as pessoas estão com dor "apenas" porque são fracas, ansiosas, deprimidas ou estressadas. Isso não é bem assim!


Cada experiência que você vive- toque, calor, frio, coceira, dor - é "criada" pelo cérebro e, portanto, realmente está na sua cabeça. Mas, isso não significa que tais experiências não são reais.

Da mesma forma é a dor, uma experiência real, que representa que seu cérebro está em "modo de proteção", por conta de algum estímulo que ele interpretou como sendo perigoso ao seu corpo.

Se houver sinais suficientes de "perigo" ao seu corpo, então a dor é produzida.

Sentimentos como medo, ansiedade ou depressão podem aumentar os níveis de dor e a chance de desenvolver dor crônica.

Mas, muitas vezes, esses sentimentos só se desenvolvem depois que uma pessoa já tem dor crônica.

Mito 2: Medicamentos são a única forma de tratamento

Existem muitas maneiras de tratar a dor, não somente com remédios.


Uma nova descoberta interessante, é que a dor pode ser tratada apenas olhando para ilusões visuais. "Como assim, Alex?" Calma, vamos lá....

Nosso cérebro combina informações sobre o nosso corpo por meio de muitas fontes, como toque, visão, movimento e som.

Como todas essas informações são combinadas, isso significa que as mudanças nas informações de uma determinada fonte, como a visão, pode mudar a informação de outra, como o sinal de perigo vindo do nosso corpo para o cérebro.

Basicamente, a ideia das ilusões visuais é alterar o sinal de perigo que vem da periferia para o cérebro.

Para esse assunto, sugiro a leitura desse artigo http://rheumatology.oxfordjournals.org/content/early/2011/03/28/rheumatology.ker104.full

Há muitas outras opções disponíveis para pessoas que sofrem com dor crônica que não envolvem medicamentos, incluindo:

- Exercício supervisionado/orientado por profissional de saúde capacitado;

- Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), concentrando-se especialmente em reduzir o medo do movimento (cinesiofobia),  a fim de mudar o comportamento motor, estimulando uma participação mais ativa no tratamento e eliminando as crenças negativas;

- Educação em dor (explicar os mecanismos neurofisiológicos da dor), o que ajuda a compreender que a dor  não é necessariamente associada a lesão tecidual.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3268359/

Obs: Em breve mais textos sobre tratamento da dor crônica!

Mito 3: Mais dano tecidual significa mais dor

Ao contrário da crença popular, você pode sentir dor sem qualquer lesão tecidual.


Por outro lado, você pode ter dano tecidual e não sentir dor. Fantástico, não? Também acho!

Por exemplo, basta você pensar em um momento que apareceu um hematoma no seu braço, mas que você não lembra de ter machucado. Você tinha dano no tecido, mas não tinha dor.

É fundamental entender que a dor não é um indicador preciso de lesão nos tecidos, principalmente em pessoas com dor crônica, pois muitas vezes o dano tecidual já cicatrizou.

Muitas coisas podem mudar a quantidade de dor que você experimenta, sem alterar a quantidade de danos nos tecidos. Por exemplo, só de você esperar que determinada situação possa aumentar sua dor, isso pode inibir o efeito de um medicamento analgésico poderoso.

Assim como, muitas pessoas que estão sofrendo de dor de dente e só de chegar na recepção do consultório já sentem a dor diminuir.

Em pessoas com dor crônica, o sistema nervoso pode tornar-se especialmente sensível.

É como um rádio; Se você aumentar o volume, isso não significa que o cantor esteja cantando mais alto, significa apenas que você está amplificando o som.

Da mesma forma, se o sistema nervoso estiver sensível, ele vai amplificar os sinais para o cérebro, o que resulta em mais dor - independentemente de quanto dano tecidual esteja presente.

Nós também sabemos que diferentes áreas do cérebro participam do processo de dor e que uma área pode ativar a outra.

Se você muitas vezes se sentir ansioso (a) quando ocorrer uma "pontada" durante o movimento de flexão do tronco, por exemplo, então as áreas do seu cérebro que ativam com o movimento, ansiedade e dor, acabam criando uma relação e começam a disparar todas juntas.

Isso significa que, apenas o movimento ou a ansiedade podem ativar esta rede neuronal do cérebro (ansiedade-movimento-dor). Então você sente dor, sem realmente haver um sinal de perigo por lesão tecidual.

Mito 4: Você precisa de muitos exames para descobrir a origem de sua dor

Ir em busca de uma radiografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada é uma prática comum em alguém que esteja passando por uma dor lombar crônica.


Em alguns casos, esses exames podem ser realmente necessários, como quando identificamos algumas bandeiras vermelhas durante o processo de avaliação (por exemplo, problemas com a função do intestino ou da bexiga). Mas, na maioria das vezes, esses exames são desnecessários em pessoas com dor lombar. E esses tipos de exames acabam promovendo crenças negativas nas pessoas ("Tenho hérnia de disco, por isso tenho dor lombar!"), gerando um efeito nocebo (algo que não deveria ser nocivo ao organismo, mas acaba incitando sintomas de doença).

O problema é que as ressonâncias magnéticas são muito sensíveis, mas não tão específicas. Isso significa que elas vão detectar pequenas mudanças estruturais - mas essas mudanças muitas vezes não se relacionam com a dor.

Por exemplo, 60% das pessoas sem qualquer dor nas costas terão alterações estruturais nos discos intervertebrais. E mais da metade das pessoas com idade entre 30-40 anos terão sinais de degeneração articular (artrose), apesar de não ter qualquer tipo de dor.

Se você ainda não está convencido (a) de que os exames não são a melhor opção, que tal olhar como é a evolução das pessoas que fazem exames versus as que não fazem.

Pessoas com dor lombar que realizam uma ressonância ao inicio do tratamento apresentam resultados piores do que as pessoas que não realizam. (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20798647)

Tal fato pode ser influenciado por muitas cirurgias desnecessárias (baseadas em exames de imagem) e crenças negativas (medo e ansiedade).

De certa forma, é assustador saber que sua coluna pode não ser estruturalmente sólida o suficiente - e sabemos que esse medo pode piorar as coisas.

Mito 5: Você precisa ser forte para suportar sua dor

Recupera-se da dor crônica não tem nada a ver com ser forte ou estóico.


Na verdade, as pessoas estóicas podem ter resultados piores, pois estes são menos propensos a procurar ajuda profissional. (http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1471-6712.2006.00407.x/abstract)

Este atraso na procura de ajuda, pode contribuir para que um problema relativamente "simples", torne-se um problema mais grave. E sabemos que é muito mais difícil tratar um problema crônico, do que um problema que existe há pouco tempo.

Até a próxima!

"Antes de apontar um problema, tenha ao menos uma sugestão para resolvê-lo."

Prof. Alex Oliveira